Ao analisara entrevista percebo que meus avós vieram do interior, para um local mais afastado do Centro, mas com facilidade de mobilidade com a Rodoviária e a lotação para o Pau Miúdo.
Entender a origem dos meus vós faz com que eu compreenda o local e o lugar que meus pais ocupam, haja vista que, a casa foi uma conquista que está USOS e FRUTOS da família e percorrendo gerações, os vínculos entre vizinhos permanece com o conhecimento de conhecer quando criança, conhecer sua mãe. O que faz uma vizinhança antiga, com verticalizações (lajes) e casas que passam de geração em geração (Herança)..
Tive que reconstitui parte da vida da minha avó com meu avô, dos meus pais para contar a história do Bairro que é e está sendo pano de fundo (cenário), para a vida deles e a minha que aqui vivo e resido há 24 anos.
Os conhecimentos simples de minha Vó que permitiu ser conselheira, guerreira por cuidar de tantas pessoas, ser rezadeira e trabalhar, mesmo que dentro de casa. Ter passado parte de seus conhecimentos para meu pai, único dos filhos vivo, assim como os netos dela (Lícia e Márcio).
Meu avô, Seu Manoel, ter uma barraca no Centro percebe-se o Centro como local financeiro e de vendas, o que questiono no local, Rua 10 de novembro onde o asfalto só chegou em 1981, que o acesso à informação não advém do Jornal em papel, onde televisão não se existia, a informação era pela oralidade (boca a boca), ou no serviço de alto-falante (músicas, informações, eventos fúnebres).
Sobre as compras a relação com isso é nomeado de Feira, o fazer a feira, em locais próprios, Feira da Avenida 7 e São Joaquim.
O lazer tem haver com festas de rua: O São João na rua e ir passando na casa dos conhecidos, mas com a tradição de enfeitar a rua, pintar a calçada, bandeirolas (que segue até hoje), e fogueiras. O pau de sebo, queimar ou malhar Judas Iscariotes (calendário Cristão, mas precisamente Católico se faz presente).
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